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O Exorcismo que deu errado !

O relato que eu vou contar não é um relato que aconteceu comigo, mas sim com o meu tio-avô, já falecido, e envolvendo as misteriosas circ...

quinta-feira, 3 de março de 2016

A Casa!



Bom, acho que a primeira coisa a se fazer em um relato é se apresentar... Me chamo Lucas, tenho dezoito anos, porém tudo o que aconteceu comigo ocorreu quando eu tinha entre dez e onze anos de idade. Sempre fui uma criança muito “medrosa”. Evitava todo e qualquer tipo de contato com o sobrenatural. Lembro que até certos desenhos e filmes na televisão eu evitava por conter um pouco de coisas como fantasmas e coisas do tipo “baseados em fatos”. Sempre fui muito imaginativo, ou seja, super idealista, então para mim até ouvir alguma estória  era sinal de que “aquilo” ocorreu comigo, porque em minha mente ficava registrada as imagens que eu fiz da história. Fui muito solitário no sentido de não possuir muitos amigos.  Todos os dias meus pais iam trabalhar, e eu ficava sozinho em casa como meu grande amigo Chocolate (um cachorro muito especial em minha vida). Sempre amei muito os animais e sempre os tratei com tanto carinho que as pessoas me julgavam por isso. Era estranho que quando eu estava em casa sozinho, Chocolate nunca “ficava” no quarto comigo, ele sempre rondava a casa e ficava latindo para qualquer coisa que pudesse me incomodar e isso me fez creer que ele era meu grande protetor.

Passou um tempo e aos poucos coisam estranhas foram acontecendo. Como tínhamos nos mudado recentemente, demora um certo para se acostumar com o ambiente e etc... e as vezes eu sentia um vento estranho passar por mim e eu me arrepiava. Não era algo assustador, mas me amedrontava.
Sempre fui muito espiritualizado no sentido de ser sensível e compreensivo com todos ao meu redor, o que me deixava vunelravel em diversos momentos. Me chamam até hoje de “ingenuo e bondoso” por conta disto, mas hoje eu sei me defender e aprendi a construir escudos.

Voltando ao relato, coisas estranhas começaram a ocorrer, primeiro foi a ventania, mas depois eu passava a ver vultos passar por diversos cômodos da casa. Como a casa para a qual me mudei era imensa, no caso, tinha mais de seis quartos, era de andar e seguia naquele “modelo antigo” de casa, que tinha muitos cômodos sem necessidade. Os vultos começaram e cheguei a comentar com a minha mãe, que evangélica, que disse que deveria ser impressão e que não existia isso de “fantasmas” como nos filmes que eu tinha medo.

O tempo passou e nunca mais presenciei nada. Meses depois voltaram a ocorrer, como eu ficava sozinho em casa durante o fim da tarde até cerca de sete da noite, era apreensivo para mim, mas eu tinha a companhia de Chocolate e a recém chegada Nina, eles me davam segurança, porém as coisas não paravam por conta deles. Tinha dias que eles latiam para o “nada” uma parede ou coisa assim, mas hoje eu acredito que eles também viam certas coisas.

O tempo passou e as sombras continuaram, até que o um dia eu vi uma luz no meio do nada que apareceu e sumiu. Pensei ser impressão mais uma vez, e preferi ignorar.

Uma noite estava dormindo com Chocolate, e foi o momento mais aterrorizante da minha vida. Ouvi risadas altas ao meu redor que me acordaram. Pareciam que estavam rindo de mim e eu fiquei muito nervoso e gritei meus pais. Não consigo pôr em palavras tudo que senti, foi bizarro e muito assustador.

Depois disso o tempo passou e o ultimo incidente foi o pior de todos. Estava assistindo a novela com a minha mãe e ela desceu para a cozinha para pegar algo. Nesse momento fiquei sozinho no quarto e quando eu virei meu rosto, eu vi uma garotinha com roupas brancas, tinha cabelo loiro eu acho e me olhava sem expressão. Meu coração parecia que iria parar. O problema é que ela estava na frente da porta e eu não sabia que se corria ou se ficava parado.  Decidi correr e passei pelo lado dela, ela não se moveu e eu desci as escadas gritando e chorando.

Minha mãe finalmente decidiu fazer algo e chamou um pastor para orar pela casa e pela vida. Eu não acreditava muito nisso, porque a igreja evangélica nega a existência de espíritos e coisas do tipo, então fiquei com medo de não resolverem, mas decidi aceitar. O pastor foi lá, orou e a única coisa que ele pediu foi para queimar um boneco meu favorito. Eu fiquei triste, porque mesmo não brincando mais com ele, ele foi especial e eu cheguei a chama-lo de filho. Eu tinha amor por ele. Mas o pastor falou que aquilo era uma “Porta de entrada” e precisava queimar. Eles queimaram e as coisas passaram.

Eu ainda sou sensitivo em alguns sentidos. Eu não sei o que aconteceria se eu continuasse a ver as coisas, mas hoje eu apenas sinto. Eu consigo sentir a atmosfera dos lugares que vou. Lembro que fui para casa de uma amiga minha mais de três anos depois e senti a casa dela “fria” muito fria e parecia não ter vida, parecia estar morta por dentro. Todos riram, porém depois descobri que a família dela passava por muitos problemas e essa minha amiga sofreu muito naquela casa depois disso. Por isso, mesmo não vendo mais nada, eu consigo sentir muito a atmosfera do lugar. Desde criança não entro no num supermercado daqui da minha cidade. Não é por conta do supermercado em si, mas o lugar em que foi construído, não sei, desde criança eu sinto a mesma sensação que senti na casa da minha amiga, só que pior. Por isso, mesmo hoje com dezoito anos, eu ainda sou sensitivo em algumas coisas e digo a vocês foi a pior, mas também uma das mais importantes experiências da minha vida.

Tudo que contei é a mais pura verdade e compartilhei com poucos amigos meus. A casa hoje pertence a minha avó e nunca voltei lá, porque até hoje eu sinto o “frio” que sinto nos lugares ao qual eu não me sinto bem. Eu acredito no sobrenatural sim, passei a acreditar depois disso, claro, existem muitas coisas que podem ser explicadas, porém ainda assim é um mistério. Nós tememos o desconhecido afinal.

Me emocionei ao escrever isso, porque eu não esqueço os sentimentos que tive em cada momento.

Enfim,  mesmo não tendo nada de tão “especial”  essa foi a minha experiência que carrego até hoje. Confesso, que tenho medo de acreditar mais e acabar voltando a ver, porque sentir eu já sinto, mas ver, exige muito de você. 
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