Olá Paranormal! Estou enviando um relato de algo que aconteceu com meu avô. A história se passa na cidade de Araras, no ano de 1949.
Meu avô era agricultor e morava em um sítio. Algumas vezes, ele, seu irmão mais jovem (meu tio avô) e um vizinho (que chamarei de João) saiam durante a noite para jogar baralho na casa de amigos, que moravam um tanto longe deles. Meu avô e meu tio tinham por volta dos 30 anos e o João era uns 10 anos mais velho.
Certa noite, eles estavam voltando de um desses carteados. Segundo meu avô, já passava da meia-noite. Ele e o João carregavam lampiões para iluminar o caminho (lembrem-se de que eles moravam na zona rural, onde tudo é muito escuro).
Eles iam seguindo por uma estradinha de terra, quando ouviram passos atrás deles. Eles se viraram e começaram a procurar com os lampiões. De repente viram um menino, aparentando ter uns 6 ou 7 anos, olhando pra eles. Logo, pensaram que ele estava perdido e perguntaram-lhe onde morava. O garoto apontou pra um lado e respondeu:
- Moro ali, numa casinha.
Meu avô conta que eles não viam a casinha, por causa da escuridão, mas decidiram ajudar a criança. O João disse:
- Eu levo o moleque. Vão indo na frente, que depois eu alcanço vocês.
Então, meu avô e meu tio continuaram andando. Depois de caminhar um bocado de tempo, eles perceberam que o João não aparecia e decidiram voltar, pensando que o amigo havia se perdido.
Os dois retornaram um pouco, quando viram João correndo em direção a eles, apavorado!
- Vâmo imbora! Vâmo imbora! Vâmo saí daqui!
João passou por eles correndo feito louco, assombrado! Meu avô e meu tio foram atrás dele, mas só conseguiram alcançá-lo quando ele chegou em sua casa. Eles perguntaram o que tinha acontecido, mas o amigo só dizia, quase chorando :
-Por que vocês fizeram isso comigo? Por que vocês fizeram isso comigo? Por que vocês me deixaram ir lá?
Depois, ele apenas pediu para que os amigos fossem embora e entrou na casa.
Meu avô e meu tio ficaram preocupados, pois sabiam que o velho amigo era homem valente, acostumado a andar durante a madrugada. Eles decidiram ir embora e voltar no dia seguinte, quando João estivesse mais calmo.
No outro dia, meu avô foi conversar com ele, que já não estava mais tão nervoso, mas se mostrava triste e muito preocupado. Por mais que meu avô perguntasse, o homem se recusava a falar sobre o assunto.
Meu avô, meu tio e mais um irmão resolveram voltar ao local em que encontraram o menino, mas não viram uma casa sequer nas redondezas. Também não viram o tal menino e não conseguiram achar ninguém que o tivesse visto.
João nunca contou a ninguém o que viu naquela noite. Menos de uma semana depois, estava morto.
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